quinta-feira, 29 de junho de 2017

BNCC da Educação Infantil em Debate na FAE UFMG - NEPEI e FMEI convidam




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DEBATE NEPEI E FORUM MINEIRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL CONVIDAM
TEMA: BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Dia: 28/06/2017, 19 horas
Local: FAE/UFMG/Auditório Neidson Rodrigues
EXPOSITORAS: Angela Rabelo Barreto
Zilma Ramos de Oliveira
COORDENAÇÃO: Mônica Correia Baptista
PÚBLICO PRESENTE: membros do Fórum Mineiro de Educação Infantil, professores e alunos de graduação e pós-graduação da FAE/UFMG e de outras instituições de ensino superior, professores e gestores de educação infantil de Belo Horizonte e de municípios do interior, outros profissionais da área. Devido ao número de participantes, extrapolando a capacidade do auditório, foi providenciada a transmissão para a sala de teleconferências, com público também esgotado.
O objetivo do evento foi o de dar uma visão geral sobre a BNCC da Educação Infantil e seus fundamentos, o processo de construção das versões, as diferenças entre a segunda versão e a versão final encaminhada ao CNE, e sensibilizar para a importância do posicionamento dos profissionais da área junto o Conselho Nacional de Educação, responsável pela formulação do documento definitivo da BNCC.
A professora Angela Rabelo Barreto apresentou a legislação nacional que fundamenta a BNCC-EI e apontou outras justificativas para sua construção, como a oportunidade de consolidação da identidade da educação infantil. Situou a BNCC-EI na história das discussões e ações do Ministério da Educação/COEDI com respeito a currículo/propostas pedagógicas. Mencionou os estudos sobre as propostas pedagógicas implementadas nos estados e municípios, realizados pela COEDI em vários momentos (1995-1996; 2008-2009; 2011-2012-2013, 2015-2016), nos quais foram analisadas tendências, forças e fraquezas, buscando-se dialogar com as intenções postas nesses documentos. Enfatizou o diálogo estabelecido entre o MEC, os pesquisadores e especialistas, os professores e gestores das redes de ensino e membros de conselhos e outras entidades envolvidas com o tema nos diferentes momentos de elaboração dos documentos orientadores nacionais. Em seguida, deu uma visão geral sobre a BNCC-EI, sua fundamentação nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil de 2009, apresentando o que é proposto na segunda versão como organização curricular: os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, os campos de experiências e os objetivos por idade das crianças (até 18 meses, de 19 meses a 3 anos e 11 meses e de 4 anos a 5anos e 11 meses).
A professora Zilma de Oliveira aprofundou nesses vários elementos da base curricular, especialmente no significado de campos de experiências. Justificou a escolha de campos de experiências para a organização do currículo na educação infantil mencionando teóricos que defendem que as experiências são estruturantes no desenvolvimento e aprendizagem e na constituição dos sujeitos, como Jorge Larrosa e John Dewey. Utilizou exemplos de práticas pedagógicas que vivenciou ou estudou como pesquisadora e consultora, para tratar do que pode ter ou não significado para as crianças, instigando os participantes a refletirem. Sobre a versão final da Base, elaborada pelo MEC e enviada ao Conselho Nacional de Educação, avaliou que no caso da educação infantil, diferente do que ocorreu com o ensino fundamental, não houve tantas alterações e que muitas delas visaram “enxugar o texto” transformando-o para um estilo dominante nos documentos normativos. Nas alterações realizadas pelo MEC apontou problemas como os dos campos de experiências “Corpo, gestos e movimentos” e “Escuta, fala, pensamento e imaginação”, reduzido na versão final a “Oralidade e Escrita”. Como havia sido previsto, Zilma passou que Mônica aprofundasse nas considerações sobre esse último campo de experiências.
A professora Mônica Correia iniciou seus comentários discordando de Zilma de que as alterações realizadas pelo MEC não tenham acarretado grande mudança. Dos problemas vistos por ela na versão final, destacou perdas na presença dos bebês na Base, além de uma visão mais “transmissiva”. Destacou ainda a ausência de participação dos atores da área, que até então tinham sido envolvidos, e de transparência na elaboração da versão encaminhada ao CNE. Tratou, ainda, dos documentos encaminhados ao CNE que questionam as alterações promovidas na versão final e solicitam reconsiderações. Reforçou a importância de continuidade de articulação da área para garantir o que estava na segunda versão.
No debate, as questões giraram em torno do conceito de campos de experiências, a necessidade de que os docentes tenham sensibilidade às experiências das crianças, os impactos na Educação Infantil da definição de que a criança deve estar alfabetizada aos 7 anos, entre outros aspectos.

Pelas palavras de alguns participantes no debate, os aplausos e as conversas ao final, observou-se que houve uma boa avaliação do seminário, justificando outros eventos formadores de aprofundamento nessa e em outras questões da Educação Infantil.












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